24 de jul. de 2014

In-Sanidade.

Sério, tem horas que me pego pensando se sou “normal”.

Falo sozinha, encarno os personagens de livros que leio, converso mentalmente com esses personagens, geralmente usando o seu tipo de linguagem, o jeito de falar.


Tenho métodos para comer determinados alimentos, como toda a batata-frita antes de comer o hambúrguer, sempre, parece crime se não faço assim. Se bem que vez em quando como a batata-frita mergulhando-a no sorvete, mas nunca, nunca antes do hambúrguer.

Tenho uma imaginação para lá de fértil, chegando a ser quase surrealista. Acredito em fadas, bruxas, gnomos, duendes, em algumas lendas e mitos.

Acredito na doce loucura dos músicos, artistas, poetas... me identifico muito, apesar de uma ausência total de tais dons, com a suposta loucura da genialidade.

Sim, já fui chamada de louca algumas vezes (muitas, devo ressaltar) e então passei a observar os “sãos”, aqueles que espreitam a nós, os loucos, pois tenho companhia na insanidade, com ar de superioridade, aqueles que tem a racionalidade e sanidade intactas.

Eles, os possuidores da sanidade, os grandes religiosos que decidem qual verdade que seus fiéis devem seguir, os políticos inteligentes que criam as diretrizes das nações, os estadistas que governam seu povo com linha dura e mão de ferro, os elitizados que sabem que tem mais e podem mais e fazem de seus subordinados peças da uma engrenagem, os intelectuais esnobes que nos olham do alto de sua sabedoria e menosprezam outros com arrogância. Sim, eles devem ser os lúcidos, porque são eles que ditam as regras do jogo. Pelo menos seria lógico que os que ditam as regras, sejam o que possuem uma mente lúcida e sã, correto?

Mas  pelo que me disseram, eu não entendo muito de lógica, olho para os lúcidos, os sãos, os que detém a racionalidade e as fórmulas do bem e do mal e agradeço à Deus e à Deusa por minha total ausência de sanidade!!

“Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade...”
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